quinta-feira, 31 de julho de 2008

A Família Real e o Desenvolvimento da Botânica



Fixando-se na cidade do Rio de Janeiro, implantaram uma fábrica de pólvora na sede do antigo engenho de Rodrigo de Freitas. Em 13 de junho de 1808, o príncipe-regente D. João criou no antigo Engenho da Lagoa o jardim de Aclimação, com plantas (noz-moscada, Canela e pimenta-do-reino) provenientes das Índias Orientais, Plantando o que seria o “inicio” do que hoje é o Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

As primeiras espécies de plantas estrangeiras chegaram trazidas por Luis de Abreu Vieira, que as presenteou a D. João que mandou plantá-las no Real Horto, (como era chamado antes de ser nomeado Jardim Botânico), desejando estimular a climatização e a cultura de espécies exóticas. Com a proclamação da independência do Brasil o Real Horto foi aberto à visitação em 1822, com o nome de Real Jardim Botânico, com a direção de um erudito frade carmelita, Frei Leandro do Sacramento, professor de botânica, conhecido por seus estudos da flora Brasileira.

Com a Proclamação da República, Real Horto passou a se chamar Jardim Botânico, em 1890, se transformando em cartão postal da cidade. Hoje em dia no Jardim Botânico pode-se observar cerca de 6.500 espécies de plantas Brasileiras e estrangeiras (algumas ameaçadas de extinção) distribuídas em uma área de 54 hectares, e um centro de pesquisa com uma biblioteca especializada em botânica.

Por : Guilherme

Comentários: Acho que a botânica teve de ser implantada no Brasil por conta da grande variedade de flora e fauna que existe no Brasil. Isso facilita os estudos, promove a descoberta de produtos medicinais, entre outros.A criação do Jardim Botânico também foi importante para que deixasse a cultura brasileira misturada, de forma que todos pudessem saber também o que havia na Europa, na parte das plantas, afim de que os brasileiros conhececem a origem do Brasil, em todos os aspectos e Portugal deixasse seu legado aqui; no caso, na parte ambiental de Portugal.




terça-feira, 29 de julho de 2008

A Ciência Brasileira


A ciência brasileira começou eficazmente somente nas primeiras décadas do século XIX, quando a família real portuguesa, dirigida por D. João VI, chegou ao Rio de Janeiro, escapando-se da invasão do exército de Napoleão em 1807. Até então, o Brasil não era muito mais do que uma colónia pobre, sem universidades, mídias impressas, bibliotecas, museus, etc, em um contraste absoluto às colónias da Espanha, que tiveram universidades desde o século XVI. Esta era uma política deliberada do poder colonial português, porque temiam que aparecessem classes de brasileiros educados impulsionados pelo nacionalismo e outras aspirações para a independência política, porque tinha acontecido nos EUA e em diversas colónias espanholas da América latina.

Algumas fracas tentativas de estabelecer a ciência no Brasil foram feitas à volta do ano de 1783, com a expedição do naturalista português Alexandre Rodrigues, que foi enviado pelo ministro principal de Portugal, Marquês de Pombal, para explorar e identificar a fauna, a flora e a geologia brasileira. Em 1772, a primeira sociedade instruída, Sociedade Scientifica, foi fundada no Rio de Janeiro, mas durou somente até 1794. Também em 1797 foi fundado o primeiro instituto botânico, em Salvador, Bahia.

D. João IV incentivou todos os acontecimentos da civilização europeia ao Brasil. Num período curto (entre 1808 e 1810), o governo fundou a Academia Naval Real e a Academia Militar Real (ambas as escolas das forças armadas), a biblioteca nacional, os jardins botânicos reais, a Escola de Cirurgia da Bahia e a Escola de Anatomia, Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.


Fonte: http://www.lusoafrica.net/v2/index.php?option=com_content&view=article&id=95&Itemid=116
17 de agosto de 2008, 21:43


Por : Caio Brendo

Comentários: Acho que a ciência incentivou todos os acontecimentos desde a vinda da família real ao Brasil. Impulsionou em várias modificações na cultura brasileira, como em escolas, avanços científicos, bibliotecas entre outras coisas. Foi necessária pro avanço e estudo científico no Brasil. Como Portugal queria fundar uma "nova Portugal", incentivaram esses estudos científicos.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Academia de Belas Artes


O decreto de 12 de agosto de 1816 criou a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios. Neste mesmo ano chegou o Brasil a Missão Francesa, a pedido de D. João para formar a Academia de Belas Artes. Logo após a chegada da Missão, chegaram ao Brasil vários artistas estrangeiros que retratavam as cidades e a natureza. Mas, da mesma forma que os artistas anteriores passaram a atender às solicitações da Corte. Alguns desses artistas são:
Thomas Ender, austríaco que deixou várias obras retratando o Rio de Janeiro;
Charles Landseer, inglês que retratou nossa independência e o Rio de Janeiro;
Johann Moritz Rugendas, alemão que participou de exposições da Academia.
A escola tinha por objetivo formar artistas para o exercício das Belas Artes e o artífice para as atividades industriais, mas não chegou a funcionar.
No dia 12 de outubro de 1820, recebeu a denominação de Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura Civil, e novamente não funcionou. Então, no dia 23 de novembro de 1820, foi criada uma escola de ensino artístico com o nome de Academia de Belas Artes, onde existiam aulas de desenho, pintura, escultura e medalha. A escola teve alunos como Debret, Pedro Américo e Victor Meirlles.

Fontes de pesquisa: http://www.portalartes.com.br/portal/artigo_read_asp?id=555
http://pt.wikipédia.org/wiki/missãO_Artística_Francesa

Por: Karoline Weber

Comentários: A meu ver, a Academia de Belas Artes ajudou a impulsionar a cultura e principalmente fez com que a arte brasileira se tornasse mais parecida com a européia, uma vez que vieram para o Brasil artistas do velho mudo. Além disso foi muito bom por vários artistas terem representado a nossa natureza e as nossas cidades.

Biblioteca Real


Em 1810 e 1811, vieram para o Brasil 3 expedições que transportavam os livros da Biblioteca Real Portuguesa. Cerca de 60 mil livros não embarcaram junto com a Família Real, em 1808, devido ao embarque ter sido feito as pressas. Um dos livros que havia ficado em Portugal era a primeira edição de "Os Lusíadas".
Inicialmente, os livros foram acomodados em uma das salas do Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, hoje em dia localizado na rua 1° de Março. E, em 29 de outubro de1810, foi criada a Biblioteca Real, no mesmo local onde estavam os livros, por um decreto do Príncipe Regente. Mas só em 1814 ela foi aberta para visitação pública.
Em 1821, quando D. João VI voltou para Portugal, levou consigo boa parte dos manuscritos da biblioteca. Em 1825, ela foi rebatizada de Bibliotca Imperial e Púbica da Corte, em 1859 foi instalada num prédio da rua Passeio, e em 29 de outubro de 1910 se mudou para seu atual endereço. Atualmente, o Evangeliário e um pergaminho com os quatro evangélios em grego são algumas de suas peças mais valiosas.

Fonte de pesquisa: http://biblioipp.blospot.com/2008/03/acervo-da-família-real-portuguesa.html

Por: Karoline Weber

Comentário: Com a criação da Biblioteca Real as pessoas passaram a ter um maior acesso à literatura portuguesa, o que ajudou no desenvolvimento de nossa literatura, mas fez com que ela acabasse sendo influenciada por escritores europeus.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

As Bandeiras Usadas pelo Brasil até o Fim do Império

Bandeiras Históricas do Brasil (do Período Colonial até a fim do Império)



Bandeira da Ordem de Cristo (1332 - 1651)

CRUZ DE CRISTO foi o primeiro signo da história de nossa heráldica. Eram as - rubras insígnias - referidas por Pero Vaz de Caminha e que, pintadas no velame das dez naus e três navetas que compunham a esquadra de Cabral, testemunharam a nossa Descoberta. Uma bandeira branca, tendo inscrita a Cruz de Cristo, fora entregue pelo rei D. Manuel ao Capitão-mor da frota, quando de sua saída de Belém, onde estivera arvorada na capela do Restelo. Depois do achamento da nova terra, Pedro Álvares Cabral “fez dizer missa, a qual disse o padre Frei Henrique”. “Ali era com o Capitão a Bandeira de Cristo, com que saiu de Belém, a qual esteve sempre alta da parte do Evangelho”.






Bandeira Real (1500 - 1521)

Era o pavilhão oficial do Reino Português na época do descobrimento do Brasil e presidiu a todos os acontecimentos importantes havidos em nossa terra até 1521. Como inovação apresenta, pela primeira vez, o escudo de Portugal






Bandeira de D. João III (1521 - 1616)

O lábaro desse soberano, cognominado o "Colonizador", tomou parte em importantes eventos de nossa formação histórica, como as expedições exploradoras e colonizadoras, a instituição do Governo Geral na Bahia em 1549 e a posterior divisão do Brasil em dois Governos, com a outra sede no Maranhão.






Bandeira do Domínio Espanhol (1616 - 1640)

Este pendão, criado em 1616, por Felipe II da Espanha, para Portugal e suas colônias, assistiu às invasões holandesas no Nordeste e ao início da expansão bandeirante, propiciada, em parte, pela "União Ibérica".






Bandeira da Restauração ( 1640 - 1683)

Também conhecida como "Bandeira de D. João IV", foi instituída, logo após o fim do domínio espanhol, para caracterizar o ressurgimento do Reino Lusitano sob a Casa de Bragança O fato mais importante que presidiu foi a expulsão dos holandeses de nosso território. A orla azul alia à idéia de Pátria o culto de Nossa Senhora da Conceição, que passou a ser a Padroeira de Portugal, no ano de 1646.






Bandeira do Principado do Brasil (1645 - 1816)

A Bandeira do Principado do Brasil tinha fundo branco com uma esfera armilar, encimada por um globo azul, com zona de ouro. Sobre o globo aparecia a Cruz da Ordem de Cristo. Analisando os elementos da bandeira, temos como principal, a esfera armilar que apareceu pela primeira vez na Bandeira Pessoal do rei D. Manuel I. Figura ainda no brasão dado por Estácio de Sá à cidade do Rio de Janeiro, em 1565, nos escudos de várias cidades portuguesas e nos atuais símbolos nacionais de Portugal. A esfera, é composta de dez círculos ou armilas, e era um dos instrumentos usados no aprendizado da arte da navegação. É interessante observar, que esse símbolo foi adotado por D. Manuel, antes dos descobrimentos realizados em seu reinado.

O primeiro pavilhão elaborado especialmente para o Brasil. D João IV conferiu a seu filho Teodósio o título de "Príncipe do Brasil", distinção transferida aos demais herdeiros presuntivos da Coroa Lusa. A esfera armilar de ouro passou a ser representada nas bandeiras de nosso País.






Bandeira Real Século XVII (1600 - 1700)

Bandeira Real Século XVII (1600 - 1700). Esta bandeira foi usada como símbolo oficial do Reino ao lado dos três pavilhões já citados, a Bandeira da restauração, a do Principado do Brasil e a Bandeira de D. Pedro II, de Portugal.






Bandeira do Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves

Esta bandeira foi usada de 1816-1822. A A Família Real Portuguesa veio para o Brasil e a cidade de Rio de Janeiro transformou-se o capital de Portugal (1808). Brasil e Portugal transformaram-se um Reino Unido em 1815 e em 1816 uma lei criou a bandeira dos três reinos (Brasil, Portugal e Algarve). Deixe-nos dizer que em 1816 (graças a Napoleão), Portugal transformou-se um Reino Unido, com o território de Brasil que está sendo levantado de uma mera colônia para um co-reino . Não havia três reinos, apenas um. O Brasil está representando nessa bandeira pela esfera armilar de ouro, em campo azul, que passou a constituir as Armas do Brasil Reino.






Bandeira do Regime Constitucional (1821- 1822)

A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e instituindo o regime constitucional, cujo pavilhão foi criado em 21 de agosto de 1821. Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil.





Bandeira Real do Brasil (1822)



Em 18 setembro 1822, Dom Pedro I, assinou três decretos que foram os primeiros atos do Brasil Independente.No terciero decreto criou o que regulamentava sobre a bandeira. "O Brasão de Armas do Brasil Reino serão, em um campo verde, uma esfera armilar sobreposta em uma cruz da Ordem de Cristo a esfera do ouro circulada por 19 estrelas de prata em um círculo azul; e uma coroa real com os diamantes ajustados sobre o protetor, os lados de que embracado por duas plantas do café e do tabaco, como emblemas de seus [ riquezas do reino ], em suas cores apropriadas e serão amarrados no fundo com o fitão nacional."

Até 1 dezembro 1822 [ quando Dom Pedro foi coroado imperador ] a coroa na bandeira brasileira era a mesma com o fundo vermelho igual na mesma bandeira real velha, do Reino Unido de Portugal, de Brasil, e de Algarve com o fundo vermelho. A

A imagem acima é baseada em uma placa em bandeiras de Brasões e de Clovis Ribeiro faz Brasil (página 61). A placa é uma fotografia do teste padrão oficial da bandeira emitida de Rio e em São Paulo em Dezembro 1822.





Bandeira Imperial do Brasil (1822-1889)



Recusando-se obedecer as ordens das Cortes Portuguesas, D. Pedro, a 7 de setembro de 1822, num sábado de céu azulado, às margens do riacho Ipiranga (Rio Vermelho - do tupi), em São Paulo, proclamou a emancipação política do Brasil, depois de proferir o brado de Independêcia ou Morte e de ordenar Laços Fora!, arrancando do chapéu o tope português, exclamou : "Doravante teremos todos outro laço de fita, verde e amarelo. Serão as cores nacionais ". O amarelo representa a Casa de Habsburgo (Dona Leopoldina) e o verde representa a Casa de Bragança (Dom Pedro I).

Nossa primeira bandeira nacional sofreu uma modificação após quase três meses de existência, transformando-se na Bandeira Imperial do Brasil em 1º de dezembro de 1822: "Havendo sido proclamada com a maior espontaneidade dos povos a Independência política do Brasil, e sua elevação à categoria de Império pela minha solene aclamação, sagração e coroação, como seu Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo: hei por bem ordenar que a Coroa Real que se acha sobreposta no escudo das armas estabelecido pelo meu imperial decreto de 18 de setembro do corrente ano, seja substituída pela Coroa Imperial, que lhe compete,a fim de corresponder ao grau sublime e glorioso em que se acha constituído este rico e vasto Continente".

Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822, era composta de um retângulo verde e nele, inscrito, um losango ouro, ficando no centro deste o Escudo de Armas do Brasil. Assistiu ao nosso crescimento como Nação e a consolidação da unidade nacional.

O autor da Bandeira do Império do Brasil, com a colaboração de JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, foi o notável pintor e desenhista francês JEAN BAPTISTE DEBRET - que teve grande participação na vida cultural do Brasil, no período de 1816 a 1831.
Posteriormente, nos últimos anos do Segundo Império - Pedro II -, sem ato oficial, o número de estrelas aumentou para 20, em virtude da Província Cisplatina ter sido desligada do Brasil (1829), e da criação das Províncias do Amazonas (1850) e do Paraná (1853).

Fonte: http://www.monarquia.org.br/NOVO/obrasilimperial/Bandeirashistoricas.html

15 de agosto de 2008, 21:08

Por: Becker

Comentários: As bandeiras do Brasil foram usadas afim de mostrar e caracterizar, por meio delas, os períodos em que o Brasil estava passando e também representando o que os portugueses iam conquistando e descobrindo no Brasil; por exemplo na primeira bandeira, que mostrava através da Cruz a descoberta de novas terras por Cabral.

terça-feira, 8 de julho de 2008

A Astronomia e a História da Educação no Brasil


As primeiras referências ao ensino de Astronomia no Brasil estão ligadas aos jesuítas. A Astronomia não fazia parte dos cursos mas os professores com formação na área continuaram a praticá-la no Brasil. Depois de sua expulsão em 1759 foram criadas aulas régias para disciplinas isoladas e sem pertencerem a qualquer escola.
Com a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil (1808) e com a Independência (1822), a preocupação do governo era de criar escolas superiores e regulamentar o acesso a seus cursos, através do curso secundário e dos exames de ingresso. Entre os cursos criados por Dom João VI estão a Academia da Marinha (1808) e a Academia Real Militar (1810) no Rio de Janeiro. Nos seus sete anos de curso, as disciplinas relacionadas com a Astronomia correspondiam ao segundo e ao quarto ano. O Observatório do Rio de Janeiro, criado em 1827 tinha como um dos seus objetivos formar os alunos da Escola Militar na prática das observações aplicáveis à Geodésia, para a demarcação dos limites do território nacional e para os alunos da Academia da Marinha as observações aplicadas à Navegação. Em São Paulo, somente com a Escola Politécnica (1893) começaram os primeiros cursos de Astronomia para a formação de engenheiros geógrafos.

Uma tentativa de se organizar o ensino secundário regular ocorre com a criação do Colégio de Pedro II (1837), um modelo seguido por poucos estabelecimentos com estudos de forma seriada, de alta qualidade, ensino de ciências e currículos enciclopédicos, com direito a ingresso em qualquer curso superior. Com um curso de sete anos, a disciplina de Cosmographia era ministrada no quarto ano. Poucos estudantes freqüentavam tais cursos e poucas vezes encontravam o que se propunha. Predominava o sistema irregular, de cursos preparatórios e exames parcelados de ingresso ao ensino superior. Esta dualidade só seria modificada no sistema republicano. Na Primeira República a educação entrou em crise na década de 20. O ensino secundário foi reformado pelo ministro da Educação Francisco Campos (1931) e dividido em duas partes: o fundamental, comum a todos, de cinco anos e o complementar, de dois anos, para adaptação aos cursos superiores. Para os candidatos aos cursos de Engenharia e Arquitetura, a Cosmografia aparece ao lado da Geofísica na primeira série do complementar. O Governo do Estado Novo reestruturou o ensino com a reforma do ministro de Vargas, Gustavo Capanema (1942). Os conteúdos de Astronomia ou Cosmografia deixam de ser disciplina específica e passam a fazer parte dos currículos de Ciências, Geografia e Física principalmente. A disciplina de Astronomia e Geodésia é retirada do currículo da Escola Politécnica em 1957.
Nas reformas educacionais seguintes: LDB de 1961, 1971, modificada pela lei de 1982 e a atual LDB (1996) com o ensino fundamental e médio, a escolha das disciplinas seguiu a idéia de grandes linhas, na perspectiva de todo o conhecimento sem muitas informações ou um programa enciclopédico. A Astronomia tem presença maior ou menor nas Propostas Curriculares dos estados e em particular nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) em várias disciplinas.

Fonte: http://www.iscafaculdades.com.br/liada/projfuturo_brasil.htm
15 de agosto de 2008, 21:11

Por: Becker

Comentários:
A preocupação de, acho que "criar uma nova nação em desenvolvimento", desenvolver as escolas mais modernas e importantes em estudos era necessária pro real desenvolvimento dos pensadores da nação, que era o que a Corte Portuguesa queria, após sua vinda; afinal, queriam criar uma nação de importância, que seria o Brasil; "trocando desta forma Portugal pelo Brasil". Principalmente a astronomia, que era e, até hoje, sempre foi uma área de grande interesse em novas descobertas sobre a galáxia e o mundo afora.

domingo, 6 de julho de 2008

Avanços na Economia e Cultura Brasileira Após a Chegada da Família Real


No ano em que a Corte Portuguesa chegou ao Brasil, transformou-se a Colônia, até então abandonada, em um Império e trazendo consigo a era Gutenberg, com 452 anos de atraso...

Com a Abertura dos Portos (1808) e os Tratados de Comércio e Navegação e de Aliança e Amizade(1810) estabelecendo tarifas preferenciais aos produtos ingleses, o comércio
cresceu. O porto do Rio de Janeiro aumentou seu movimento que passou de 500 para 1200 embarcações anuais.
A oferta de mercadorias e serviços diversificou-se. A Rua do Ouvidor, no centro do Rio, recebeu o cabeleireiro da Corte, costureiras francesas, lojas elegantes, joalherias e tabacarias. A novidade mais requintada era os chapéus, luvas, leques, flores artificiais, perfumes e sabonetes.

Para a elite, a presença da Corte e o número crescente de comerciantes estrangeiros trouxeram familiaridade com novos produtos e padrões de comportamento em moldes europeus. As mulheres seguindo o estilo francês; usavam vestidos leves e sem armações, com decotes abertos, cintura alta, deixando aparecer os sapatos de saltos baixos. Enquanto os homens usavam casacas com golas altas enfeitadas por lenços coloridos e gravatas de renda, calções até o joelho e meias. Embora apenas uma pequena parte da população usufruísse desses luxos.

Sem dúvida, a vinda de D. João deu um grande impulso à cultura no Brasil.

Com os principais pontos:

  • Em abril de 1808, foi criado o Arquivo Central, que reunia mapas e cartas geográficas do Brasil e projetos de obras públicas. Em maio, D. João criou a Imprensa Régia e, em setembro, surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro. Logo vieram livros didáticos, técnicos e de poesia. Em janeiro de 1810, foi aberta a Biblioteca Real, com 60 mil volumes trazidos de Lisboa.
  • Criaram-se as Escolas de Cirurgia e Academia de Marinha (1808), a Aula de Comércio e Academia Militar (1810) e a Academia Médico-cirúrgica (1813). A ciência também ganhou com a criação do Observatório Astronômico (1808), do Jardim Botânico (1810) e do Laboratório de Química (1818).
  • Em 1813, foi inaugurado o Teatro São João (atual João Caetano).
  • Em 1816, a Missão Francesa, composta de pintores, escultores, arquitetos e artesãos, chegaram ao Rio de Janeiro para criar a Imperial Academia e Escola de Belas-Artes. Em 1820, foi a vez da Real Academia de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura-civil.
A presença de artistas estrangeiros, botânicos, zoólogos, médicos, etnólogos, geógrafos e muitos outros que fizeram viagens e expedições regulares ao Brasil – trouxe informações sobre o que acontecia pelo mundo e também tornou este país conhecido, por meio dos livros e artigos em jornais e revistas que aqueles profissionais publicavam. Foi uma mudança profunda, mas que não alterou os costumes da grande maioria da população carioca, composta de escravos e trabalhadores assalariados.

Por: Becker

Fonte: http://www.historiamais.com/familia_real.htm
15 de agosto de 2008, 21:12

Comentários: O Brasil teve um processo de crescimento muito rápido após a vinda da Família Real, por conta da necessidade desta de viver bem como digna Corte Real Portuguesa. A Família Real praticamente construiu um "novo Portugal", devido ao medo de voltar ao país de origem, por causa da ocupação francesa. A construção de Academias de Estudos, desenvolver a cultura e a pintura foram priorizadas, porque eram necessárias para o desenvolvimento de uma nação, que no caso, seria o Brasil.

sábado, 5 de julho de 2008

Componentes da frota de Cabral e Dados do Descobrimento do Brasil

Uma nauA Ilha do Brasil

Condensação de Carlos Coelho

A Ilha do Brasil, ou Ilha de São Brandão, ou ainda Brasil de São Brandão, era uma das inúmeras ilhas que povoavam a imaginação e a cartografia européias da Idade Média, desde o alvorecer do Século IX. Também chamada de "Hy Brazil", essa ilha mitológica "ressonante de sinos sobre o velho mar", se "afastava" no horizonte sempre que os marujos se aproximavam dela. Era, portanto, uma ilha "movediça", o que explica o fato de sua localização variar tanto de mapa para mapa. Segundo a lenda, "Hy Brazil" teria sido descoberta e colonizada por São Brandão, um monge irlandês que partiu da Irlanda para o alto mar no ano de 565. Como São Brandão nascera em 460, ele teria 105 anos quando iniciou sua viagem.

O nome "Brazil" provém do celta bress, que deu origem ao verbo inglês "to bless" (abençoar). "Hy Brazil", portanto, significa "Terra Abençoada".

Desde 1351 até pelo menos 1721 o nome "Hy Brazil" podia ser visto em mapas e globos europeus, sempre indicando uma ilha localizada no Oceano Atlântico. Até 1624, expedições ainda eram enviadas à sua procura.

A frota de Cabral era composta por duas divisões com 10 naus e três caravelas:

1a Divisão:

Navios

Comandante

Tripulação

2 Caravelas latinas



1 Nau mercante



1 Naveta demantimentos

Gaspar de Lemos


Nau Capitânia

Pedro Álvares Cabral


Nau Sota-Capitânia

Sancho de Tovar


2a Divisão: Destinava-se a Sofala (atual Moçambique)

1 Nau

Diogo Dias

150

1 Caravela latina

Bartolomeu Dias

80

Os navios se chamariam, segundo Francisco Varnhagem (1854), baseado em documento incompleto encontrado na Torre do Tombo:

Navios

Tipo

Comandante

Tripulação

Santa Cruz

Nau

Ayres Gomes da Silva


Flor de La Mar

Nau

Simão de Pina


Vitória

Nau

Vasco de Atayde


Espera

Nau

Nicolau Coelho

150

São Pedro

Caravela

Pero de Atayde

50

Anunciada

Caravela

Nuno Leitão da Cunha

80

El Rei (Sota-Capitânia)

Nau

Sancho de Tovar

160

Uma caravelaNão há registros confiáveis a respeito do nome da nau capitânia da frota e alguns historia-dores levantam a possibilidade de ter sido utilizada a nau São Gabriel, capitânia da esquadra de Vasco da Gama. É pouco provável que o navio utilizado tenha sido o mesmo, pois em razão de sua notoriedade este fato teria sido registrado por cronistas da época, e tais registros jamais foram encontrados. O que se sabe é que o navio deslocava aproximadamente 250 tonéis e levava 190 homens, assim distribuídos:

Cabral e sua guarda pessoal (7 besteiros); 80 marinheiros; 70 soldados; 33 passageiros (7 serviçais, 2 degredados, 8 frades franciscanos, 8 intérpretes e 8 futuros funcionários da feitoria de Calicute (atual Calcutá, Índia).

(Fonte: A Viagem do Descobrimento: A verdadeira história da expedição de Cabral, Eduardo Bueno, Ed. Objetiva, Rio de Janeiro, 1998, Coleção Terra Brasilis).

Outros dados sobre a Esquadra de Cabral: (Linha do Tempo de sua viagem)

A arqueação (deslocamento) dos navios variava de 50 a 100 toneladas e sua velocidade podia chegar a quatro nós (aproximadamente 8km/h).

Em 09 de março de 1500 deu-se a partida da frota.

Em 23 de março de 1500, antes do descobrimento, a caravela de Pero de Atayde desgarrou-se da frota, ao largo das Ilhas Canárias, não sendo mais vista.

Em 22 de abril de 1500 a Esquadra chega ao Brasil.

Em 02 de maio de 1500 Gaspar de Lemos retorna a Portugal com a notícia da descoberta e os demais navios seguem para as Índias.

Em 13 de maio de 1500 os navios de Ayres Gomes da Silva, Bartolomeu Dias, Simão de Pina e de Vasco de Atayde são destruídos por uma tempestade ao dobrar o Cabo da Boa Esperança. A nau de Diogo Dias afastou-se da esquadra durante a tempestade, passando a navegar próximo à costa leste da África, descobrindo a ilha de São Lourenço (Madagascar). O cabo da Boa Esperança fora descoberto por Bartolomeu Dias em 1487.

Em 13 de setembro de 1500 a Esquadra chega a Calicute, na Índia.

Em 16 de janeiro de 1501 é dada a partida de Calicute e seis navios remanescentes da grande Esquadra iniciam o retorno a Portugal. Foram os navios de Diogo Dias, Pedro Álvares Cabral, Nicolau Coelho, Pero de Escobar, Simão de Miranda e de Nuno Leitão da Cunha.

Piloto da frota: Afonso Lopes

Cirurgião: Físico Mestre João

Escrivão: Pero Vaz de Caminha

Capelão: Frei Henrique Soares

Tripulação: Aproximadamente 1.200 homens entre mercadores, pilotos, oficiais maiores, carpinteiros, tanoeiros, ferreiros, soldados e técnicos em navegação.

Dados encontrados no "Livro das Armadas"

Notas:

O terremoto em Lisboa, seguido de incêndio, ocorreu no dia primeiro de novembro de 1755 (Século XVIII) (Lello Universal). Daí também a dificuldade em não se saber exatamente muitos dados, inclusive os nomes de alguns navios da Esquadra de Cabral.

Ainda por esclarecimentos de Carlos José Hesseine Coelho, a reconstrução de Lisboa, após o terrível terremoto, foi iniciada pelo Marques de Pombal, com o dinheiro do ouro do Brasil.



Por: Becker

Fonte:
http://www.geocities.com/artemodelismovirtual/qanosdescobrimento.htm
15 de agosto de 2008, 21:17

Comentários: A frota de Cabral havia sido perdida em grande parte por conta de se lançarem ao mar sem grandes experiências, só com o intuito de fazer exploração. Grandes ventos, tempestades, trajetos de ruim acessos, foram grandes fatores que facilitaram isso. O terremoto, em Lisboa, ocorreu de certa surpresa. Os portugueses haviam escrito e registrado as viagens de Cabral, a ida dele para o alto-mar.A catástrofe ocorrida trouxe grandes perdas, como, por exemplo, os registros sobre as viagens de Cabral; devido a isso, fica difícil dizer ao certo quantos homens, quais nomes dos navios, quantas navegações eram. Mas nem tudo havia sido perdido, então isso nos mostrou uma certa idéia de como foram as navegações cabralinas, como atuaram, e seus componentes.