terça-feira, 8 de julho de 2008

A Astronomia e a História da Educação no Brasil


As primeiras referências ao ensino de Astronomia no Brasil estão ligadas aos jesuítas. A Astronomia não fazia parte dos cursos mas os professores com formação na área continuaram a praticá-la no Brasil. Depois de sua expulsão em 1759 foram criadas aulas régias para disciplinas isoladas e sem pertencerem a qualquer escola.
Com a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil (1808) e com a Independência (1822), a preocupação do governo era de criar escolas superiores e regulamentar o acesso a seus cursos, através do curso secundário e dos exames de ingresso. Entre os cursos criados por Dom João VI estão a Academia da Marinha (1808) e a Academia Real Militar (1810) no Rio de Janeiro. Nos seus sete anos de curso, as disciplinas relacionadas com a Astronomia correspondiam ao segundo e ao quarto ano. O Observatório do Rio de Janeiro, criado em 1827 tinha como um dos seus objetivos formar os alunos da Escola Militar na prática das observações aplicáveis à Geodésia, para a demarcação dos limites do território nacional e para os alunos da Academia da Marinha as observações aplicadas à Navegação. Em São Paulo, somente com a Escola Politécnica (1893) começaram os primeiros cursos de Astronomia para a formação de engenheiros geógrafos.

Uma tentativa de se organizar o ensino secundário regular ocorre com a criação do Colégio de Pedro II (1837), um modelo seguido por poucos estabelecimentos com estudos de forma seriada, de alta qualidade, ensino de ciências e currículos enciclopédicos, com direito a ingresso em qualquer curso superior. Com um curso de sete anos, a disciplina de Cosmographia era ministrada no quarto ano. Poucos estudantes freqüentavam tais cursos e poucas vezes encontravam o que se propunha. Predominava o sistema irregular, de cursos preparatórios e exames parcelados de ingresso ao ensino superior. Esta dualidade só seria modificada no sistema republicano. Na Primeira República a educação entrou em crise na década de 20. O ensino secundário foi reformado pelo ministro da Educação Francisco Campos (1931) e dividido em duas partes: o fundamental, comum a todos, de cinco anos e o complementar, de dois anos, para adaptação aos cursos superiores. Para os candidatos aos cursos de Engenharia e Arquitetura, a Cosmografia aparece ao lado da Geofísica na primeira série do complementar. O Governo do Estado Novo reestruturou o ensino com a reforma do ministro de Vargas, Gustavo Capanema (1942). Os conteúdos de Astronomia ou Cosmografia deixam de ser disciplina específica e passam a fazer parte dos currículos de Ciências, Geografia e Física principalmente. A disciplina de Astronomia e Geodésia é retirada do currículo da Escola Politécnica em 1957.
Nas reformas educacionais seguintes: LDB de 1961, 1971, modificada pela lei de 1982 e a atual LDB (1996) com o ensino fundamental e médio, a escolha das disciplinas seguiu a idéia de grandes linhas, na perspectiva de todo o conhecimento sem muitas informações ou um programa enciclopédico. A Astronomia tem presença maior ou menor nas Propostas Curriculares dos estados e em particular nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) em várias disciplinas.

Fonte: http://www.iscafaculdades.com.br/liada/projfuturo_brasil.htm
15 de agosto de 2008, 21:11

Por: Becker

Comentários:
A preocupação de, acho que "criar uma nova nação em desenvolvimento", desenvolver as escolas mais modernas e importantes em estudos era necessária pro real desenvolvimento dos pensadores da nação, que era o que a Corte Portuguesa queria, após sua vinda; afinal, queriam criar uma nação de importância, que seria o Brasil; "trocando desta forma Portugal pelo Brasil". Principalmente a astronomia, que era e, até hoje, sempre foi uma área de grande interesse em novas descobertas sobre a galáxia e o mundo afora.

Um comentário:

Eliane Padrão disse...

Prezados alunos

Excelente o blog de vocês. Muito criativo e instrutivo!

Sigam assim!

Abração,

Eliane Padrão-Cap