segunda-feira, 2 de junho de 2008

A Vinda da Família Real e da Corte


No final de 1807, Portugal estava prestes a ser invadido pelas tropas francesas, comandadas por Napoleão Bonaparte. Como portugal não tinha condições militares para enfrentar as tropas francesas, D. João, o príncipe regente de Portugal, decidiu transferir a Corte para o Brasil. O embarque com toda a Corte, a Família Real, cerca de 10 mil pessoas da aristocracia e todo o tesouro português foi realizado as pressas, o que tirou qualquer aparência de grandeza que pudesse existir na transferência da Corte para o Brasil.
Vieram para o Brasil também ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcionários do Tesouro, patentes do exército e membros do alto Clero. Obras de arte, objetos dos museus, a biblioteca Real e as jóias da coroa foram colocados nos porões dos navios, além de bois, vacas, cavalos e toda a sorte de alimentos.
Enquanto o embarque acontecia, a população de Lisboa assistia à movimentação. As pessoas não acreditavam qua estivessem sendo abandonadas pelo Príncipe Regente, que ficassem desamparadas para enfrentar Napoleão. Dia 27 de novembro de 1807, a Corte deixou Portugal, dois dias depois um vento favorável permitiu que rumassem para o Brasil. Dia 30 de novembro Portugal foi invadido pelas tropas francesas.
Durante a viagem a água e os alimentos foram racionados. Como a higiene era precária houve um surto de piolhos, o que levou as mulheres a rasparem as cabeças. Quando a esquadra estava próxima à ilha da Madeira, uma tempestade a dividiu e metade dos navios foram parar no litoral da Bahia, inclusive a embarcação que levava o Príncipe Regente. Com isso D. João ordenou que todos parassem nos portos mais próximos antes de seguirem para o Rio de Janeiro.
A Família Real foi alojada em três prédios no centro da cidade, o que levou o vice-rei, o conde dos Arcos e todas as internas de um convento a serem colocadas na rua. Os demais se alojaram em resedências confiscadas da população. Esses acontecimentos ficaram conhecidos como a política do "Ponha-se na Rua", recebeu este nome porque as iniciais de Príncipe Regente eram marcadas nas portas das casas requisitadas.

Por: Karoline Weber

Comentários: A vinda da Família Real e da corte não foi planejada e foi muito desorganazada. Na minha opinião, eles não pensaram na população que deixavam para trás, queriam mais era fugir e tentar se proteger, não que estivessem errados, uma vez que não tinham como vencer as tropas napoleônicas. A chegada também não foi muito pensada, o que fez com que muitas pessoas fossem desalojadas com o ato do "P. R.".